Na otosclerose ocorre a formação de um osso esponjoso anormal, próximo ao estribo e o labirinto podendo causar perda auditiva, zumbido e vertigem. O osso estribo é um dos 3 ossículos do ouvido e ele deve vibrar para transmitir as ondas sonoras, mas na otosclerose ele pode ficar preso e não vibrar corretamente, prejudicando a transmissão do som.

A otosclerose pode ter uma origem genética sendo que 10% da população da raça branca é portadora dos genes, mas apenas 1% desenvolve a doença. Na raça negra a doença apresenta um número um pouco menor de casos. Existem outros fatores que podem estar relacionados ao aparecimento da doença como o sarampo. Outra característica é que a otosclerose é quatro vezes mais comum nas mulheres que nos homens e por isso existe a suspeita de que alguns hormônios podem estar relacionados em determinar quem será apenas portador do gene e quem manifestará a doença.

Diagnóstico

O diagnóstico da otosclerose é feito através da conversa com o paciente, o exame da orelha com o otoscópio e exames como a audiometria e a impedanciometria. Existem casos em que a manifestação da doença é diferente da usual e podem ser necessárias outras medidas como uma tomografia ou a confirmação através de uma exploração cirúrgica. Hoje temos exames genéticos que indicam os portadores mas que não são usados de rotina

Existem basicamente dois tipos de otosclerose:

1- Otosclerose do estribo: Neste caso a perda auditiva é principalmente pela fixação do estribo e pode ser tratado através de cirurgia a estapedectomia;

2- Otosclerose coclear: Neste caso a perda auditiva é principalmente por lesão da cóclea (caracol) que é o órgão que faz a transformação da onda sonora que é do tipo mecânica em impulsos elétricos que serão transmitidos ao cérebro. O tratamento é geralmente com aparelhos auditivos ou em casos muito avançados implante coclear.

O tratamento da Otosclerose depende da maneira como a doença se manifesta (no estribo ou na cóclea) e do estágio em que está a doença. Pode ser através de medicamentos como o flúor e o alendronato, ou através de cirurgias como a estapedectomia/estapedotomia.